Este estúdio histórico torna‑se a rampa de lançamento mediática da religião para o século XXI.
Numa elegante sala de reuniões em tons de cinza e castanho avermelhado do terceiro andar de um estúdio de Hollywood, estão 15 executivos mediáticos a disparar rápidas perguntas entre si e a formular um plano para a próxima semana de trabalho. Há uma série de relatórios rápidos e detalhados sobre as filmagens nas Filipinas, em Marrocos e no Chipre. Discutem‑se as preparações das próximas filmagens em Sydney e Nova Iorque.
Os diretores, os escritores, cinematógrafos e os músicos empreendem o tradicional ritual dos estúdios de Hollywood — tomam o pulso semanal das centenas de operações que formam dezenas de produções mediáticas. Da janela da sala de reuniões, o grupo pode encontrar inspiração num dos sinais mais icónicos do mundo: as nove letras de alinhamento imperfeito que ousadamente soletram “Hollywood” numa encosta arbustiva com vista sobre o coração do mundo do entretenimento. Sim, este estúdio histórico de 1912 em Hollywood, Los Angeles, abrange muito mais do que um século de tradição cinematográfica. Este estúdio não está destinado a criar entretenimento, mas sim a elevar a humanidade e a criar um mundo melhor — esta é uma subestimação da realidade e não uma ostentação.
Este estúdio é o lar de Scientology Media Productions, SMP, e da produção formidável de vídeos e música, os incríveis eventos públicos, as revistas que criam impacto e em breve os portais de televisão e rádio terão mensagens importantes: Há esperança para um mundo conturbado.
“Querem ver como é o que os meios de comunicação deveriam ser? Meios de comunicação que servem a humanidade, melhoram a civilização e encontram soluções para o apodrecimento social? Aqui está”, disse Mitch Brisker, o diretor superior que supervisiona grande parte da produção audiovisual de SMP.
Ao redor da sala de reuniões onde Brisker e os outros executivos do estúdio se reúnem todas as sextas‑feiras está o Edifício de Transmissão, uma das estruturas de SMP que combinam a história romântica cinematográfica com a tecnologia do século XXI para criar uma central mediática como nenhuma outra — são 2 hectares de meios mediáticos. Na maioria dos estúdios mais modernos hoje em dia muitas das atividades são subcontratadas, mas em SMP toda a produção e plataformas mediáticas estão instituídas num único local de produção altamente integrado. Acima de tudo isto está uma torre de antena de 150 metros, uma declaração tanto real como simbólica para o planeta de que SMP é a voz de Scientology.
Existem estúdios de som e para edição, suítes criativas e salas de redação para publicações e transmissões, existem os efeitos especiais que se materializam da magia computadorizada e a serração e montagem da construção dos cenários. Existem gabinetes ultra modernos e corredores exteriores de há 100 anos que foram meticulosamente restaurados.
No interior da sala de reuniões do Edifício de Transmissão estão dois quadros brancos, cada um com cerca de 2 metros de altura e 1,2 metros de largura. Os quadros estão divididos em grandes colunas e linhas horizontais a cada 2 centímetros. As dezenas e dezenas de retângulos criadas listam e definem o “conteúdo” — centenas de vídeos e todas as suas partes constituintes. Estes denotam documentários de duas horas, investigações jornalísticas, séries multipartes e relatórios de notícias de lugares tão distantes como Nova Guiné, Colômbia, Suíça e as ruas perigosas de Compton, Califórnia. E muito, absolutamente muito mais.
“Gostamos de ver os projetos na sua escala adequada e por causa do trabalho humanitário vital que fazemos, nós fazemos tudo GRANDE”, disse Brisker enquanto indica os imponentes quadros. Os meios de comunicação nesta nossa sociedade desenvolvida estão moldados e formados por empresas comerciais. Não existe nenhum jornalismo verdadeiro fora daquilo que é permitido pelas qualificações e pelos acionistas. Nós representamos algo que é uma mudança totalmente nova em termos do paradigma dos meios de comunicação. Somos 100% patrocinados pelas doações dos Scientologists e pelo seu propósito de melhorar as condições do mundo.
“Os nossos membros”, acrescenta ele, “acreditam em restaurar a bondade para com o mundo. Para a maior parte dos média a bondade não é uma prioridade. Mas para a nossa missão, esta é uma prioridade.”
Também nesta reunião está John Sugg, o editor executivo da revista principal da Igreja de investigação e notícias, a Freedom. Tal como Brisker e muitos outros profissionais em SMP, Sugg teve uma longa carreira nos média principais. “Tornei‑me um jornalista porque pensei que poderia mudar o mundo, melhorá‑lo”, explica Sugg. “Olhamos para os média horripilantes de hoje em dia, a desintegração das melhores operações de noticiários e não há muito que nos faça sentir bem. A Freedom deu‑me uma oportunidade de causar uma diferença positiva na sociedade. Será que podemos mudar o mundo? Podem crer que sim.”
“ESCREVER A NOSSA PRÓPRIA HISTÓRIA”
A 28 de maio de 2016, mais de 10 000 Scientologists e amigos lotaram cada praça, parque de estacionamento e garagem, cada passeio, pátio e qualquer outro espaço horizontal de Scientology Media Productions para participarem na colorida e divertida alegria da sua inauguração. Com um certo fascínio e pressentindo o momento histórico prestes a decorrer, a multidão estava maravilhada. Peter Kokolus, por exemplo, percorreu a distância desde o seu lar em Kosice, na Eslováquia, para testemunhar a inauguração de SMP. “Iremos contar isto aos nossos filhos e aos filhos dos nossos filhos”, disse ele. “É incrível.”
No entanto, grande parte do mundo ainda não ouviu a verdadeira história da religião. O que começou a mudar com o evento de maio. “Tal como se costuma dizer, se não escrevermos a nossa própria história, alguém o fará”, disse o David Miscavige, líder eclesiástico de Scientology. “Então, agora vamos escrever a nossa própria história como nenhuma outra religião o fez na história.”
Desde os seus primórdios, a missão de Scientology tem sido elevar a humanidade a maiores alturas — e um dos meios principais para o fazer têm sido os próprios meios de comunicação da religião. L. Ron Hubbard, o Fundador de Scientology, foi um escritor, fotógrafo, argumentista e cineasta e essa experiência com os meios de comunicação está impregnada na rápida expansão mundial de Scientology. A Igreja já tinha o seu próprio estúdio cinematográfico há bastante tempo, Golden Era Productions, perto de Los Angeles, bem como as instalações para impressão e distribuição também na mesma cidade e na Europa.
Agora, Scientology Media Productions apura a energia da comunicação social do amanhã num único empreendimento cujo alcance é feito através de revistas, televisão, rádio, eventos especiais, a World Wide Web (rede de alcance mundial) e não só. Isto permite que a religião transmita a sua mensagem de formas nunca antes possíveis. O novo centro mediático global vem também como ouro sobre azul quanto à expansão da Igreja nos anos recentes.
Scientology teve de lidar com as mesmas oportunidades e desafios que muitas outras instituições nesta Era Digital: se os lares estão repletos de grandes ecrãs, computadores e tablets mais pequenos, realidade virtual e dispositivos de realidade aumentada e os bolsos dos cidadãos estão repletos de smartphones, como é que uma organização “comunica com” um público cada vez mais digitalmente conectado e obtém visibilidade e alcance em todos os canais de comunicação disponíveis? Se esta organização for a Igreja de Scientology, então esta invoca o seu espírito pioneiro que tem sido sempre intrépido e resoluto e torna‑se um transmissor digital global.
O arsenal dos média on‑line de SMP incluirá produções em direto e difusão de vídeos a pedido, streaming para computadores, tablets, televisão, Internet TV boxes e dispositivos de Internet para o automóvel, radiodifusão, rádio na Internet e podcasts, websites, redes sociais e a criação de aplicações que canalizam tudo o acima mencionado para os usuários.
SMP foi conectada a partir do zero para corresponder à presente e futura definição de “instalações para a difusão digital” global.
A Rede de Scientology estará sempre ativa. Estima‑se que a rede alcançará 20 milhões de casas, gerará milhões de visualizações streaming, do conteúdo e a capacidade de alcançar qualquer dispositivo ativo com tecnologia de ponta, 24 horas por dia, em qualquer parte do mundo e em várias línguas.
SMP é o passo mais recente das várias décadas de crescimento sem precedentes da religião.
Scientology deu início à sua Idade de Ouro do Conhecimento e Idade de Ouro da Tecnologia — eventos marcantes da realização da recuperação e restauração total dos ensinamentos religiosos e dos serviços da religião e da disponibilização dos mesmos para a sua prestação tal como pretendida por L. Ron Hubbard.
Em 2009, a Igreja estabeleceu as primeiras instalações de publicação totalmente digitais, Bridge Publications em Los Angeles, para produzir e distribuir os materiais escritos e gravados do Sr. Hubbard de Dianetics e Scientology — de acordo com a procura, em qualquer língua e quantidade e para qualquer lugar da Terra. Depois para prestar os materiais dos programas humanitários e de melhoramento social da religião a um público global, o Centro de Disseminação e Distribuição Internacional da Igreja de Scientology, outra operação única, iniciou a produção em 2010.
Entretanto, a religião abriu 55 novas Igrejas de Scientology em seis continentes desde 2003 e uma grande catedral, conhecida como o Edifício de Flag, abriu as suas portas em novembro de 2013, na sede espiritual de Scientology em Clearwater, Florida.
Agora, com as instalações de SMP, a Igreja está preparada para alcançar todas as pessoas em todo o lado, através da difusão, internet e com publicações. Esta é a culminação de um plano estratégico de expansão que teve como raiz o objetivo essencial de Scientology, que o Sr. Miscavige articulou da seguinte forma: “para partilhar a sabedoria que possuímos e ajudar as outras pessoas a ajudarem‑se a si mesmas.
“Pouco depois do início da década e com tudo preparado para a prestação de serviços em larga escala, o próximo passo inevitável era as comunicações globais”, explicou o Sr. Miscavige. “E porque é que não havíamos de ter a nossa própria rede televisiva?”
De facto, porque não?
A Igreja iniciou a busca por um projeto de construção de instalações mediáticas e comunicações totalmente novas — uma tarefa enorme que levaria anos. O Sr. Miscavige colocou a sua inevitável pergunta: “Em vez de uma década de construção, será que, em toda a área de Hollywood, não existe um estúdio que já esteja disponível? Esta é uma história verídica — no dia seguinte, recebemos a resposta.”
A Igreja descobriu que KCET, filial de Los Angeles PBS, estava a vender a sua propriedade, que por acaso era o estúdio mais antigo ainda em funcionamento contínuo de Hollywood — um património histórico.
“Bem, não se perguntem se eu me apressei ou não para me encontrar com o Diretor Geral”, disse o Sr. Miscavige. “A estação de transmissão pública tinha cuidado desta propriedade histórica e não a queria ver arrasada por construtoras locais. Eles sabiam que nós estaríamos à altura da tarefa.”
Só depois de a aquisição estar em andamento é que a Igreja descobriu que este estúdio, localizado no número 4401, West Sunset Boulevard, é o mesmo lugar a partir do qual o Sr. Hubbard lançou a sua carreira de argumentista na década de 1930, ao escrever os guiões para a série cinematográfica de 15 episódios da Columbia Pictures O Segredo da Ilha do Tesouro.
Foi o destino.
UM CENTRO MEDIÁTICO GLOBAL ÚNICO
Depois do realojamento de KCET em Burbank, em 2012, a Igreja deu início à laboriosa restauração de um ícone de Hollywood para lhe dar nova vida como uma nova geração de centro mediático global.
Além de ligação satélite para rádio e vídeo de alta definição, SMP tem três palcos de som, bem como instalações para todos os aspetos da pré e pós‑produção — incluindo design e construção de cenários, edição, efeitos visuais, banda sonora, gravação, mistura e traduções — tudo num único lugar. Além disso também contém departamentos da Igreja para a promoção, internet e os meios de comunicação social, editorial e desenho gráfico para revistas e eventos da Igreja.
A conectar tudo isto está um enorme e sofisticado sistema de armazenamento digital composto por centenas de poderosos processadores mediáticos sincronizados num único supercomputador. Este está conectado a cada estação destas instalações, eliminando assim quaisquer fronteiras de produção e permitindo o alinhamento estratégico de conteúdo e a programação através de uma variedade de formatos e canais.
Chan Mahon é o vice‑presidente executivo dos sistemas de radiodifusão da Integrated Media Technologies, Inc. (IMT), uma das principais empresas de consultoria e engenharia dos média digitais, cujo clientes incluem Fox e Warner Bros. Ele também prestou consultoria no projeto de SMP e descreve‑o como “uma experiência única na vida. Talvez hajam outros dois projetos desta magnitude no mundo inteiro”, disse ele.
SMP está concebida para o futuro. A maior parte das instalações de transmissão começou há várias décadas atrás, quando a tecnologia era muito diferente. Anualmente, estas operações mudaram a sua tecnologia o suficiente para superar cada ano. SMP é diferente. Desde o seu início, a Igreja pré‑imaginou como seria o estúdio para o futuro e construiu as instalações mediáticas perfeitas para a criação e distribuição de conteúdo.
A Igreja dedicou‑se igualmente à preservação da ligação histórica do estúdio com o seu passado, tendo executado 400 horas de trabalho de restauração para preservar o espírito da Idade de Ouro de Hollywood desta propriedade. Mais do que em qualquer outro lado, este esforço laborioso é evidente no Little Theater (Pequeno Teatro), adjacente ao Estúdio B de SMP. Originalmente construído como uma sala de exibição, a câmara de design régio e tetos altos é a joia histórica de tudo o resto com as suas molduras antigas e as suas colunas toscanas, da arte romana, intrincadamente esculpidas que foram descobertas por detrás de um monótono túmulo de gesso e trazidas de volta à vida.
Irwin Miller, o designer principal no projeto de SMP da empresa de design Gensler, disse: “O nível de peritos usados neste projeto para a preservação histórica foi realmente incrível. Houve níveis de pormenores que simplesmente não se vêm noutros projetos.”
Estabelecendo uma ponte entre o conto histórico do cinema e a corrente saga da multimédia digital, SMP é realmente impressionante e única.
“Não existe mais nada deste género”, disse o John Maatta, um advogado veterano da área dos média e entretenimento e um antigo executivo do estúdio que prestou consultoria à Igreja quanto ao planeamento da produção e distribuição da Rede de Difusão de Scientology que em breve será lançada. O equipamento, a atenção dada a cada pormenor e à tradição — este é um estúdio extraordinário e a Igreja trouxe‑o para a atualidade.”
E a Igreja não vai parar por aqui.
“A população mundial agora ultrapassa os 7 mil milhões e aumenta diariamente com outras 200 000 pessoas”, disse o Sr. Miscavige. “Agora, adicionem a isso 3000 oportunidades de comunicar com qualquer pessoa em qualquer dia, considerando também que essas mensagens estão rotineiramente entupidas de ajuda falsa, informação incorreta e mentiras.”
Quando a Igreja ativar SMP com a difusão de rádio e televisão, o conteúdo incluirá uma gama de programas que proporcionarão uma vista interna de Scientology como um movimento global e explicará e examinará a tecnologia espiritual de Scientology, assim como as várias ferramentas práticas da Igreja usadas por pessoas de todas as denominações.
Outro conteúdo conterá o foco sobre as obras das campanhas humanitárias patrocinadas pela Igreja, juntamente com notícias, programas de interesse humano e documentários que abrangem questões sociais importantes. A programação mostrará como Scientologists, grupos inter‑religiosos e organizações comunitárias e sem fins lucrativos afins estão a ajudar a construir um mundo melhor.
A equipa técnica destas instalações é constituída por membros da Igreja que já tinham habilidades na indústria cinematográfica ou de difusão, ou que então receberam treino e aprendizagem em alguma faceta da produção audiovisual enquanto membros do pessoal. O pessoal da Igreja é complementado por uma equipa externa de profissionais mediáticos, com especialidades na área de revistas — design, editorial, impressão digital e os média sociais e de difusão. Isto inclui o pessoal da revista Freedom, agora sediado em SMP.
Scientology Media Productions também tem planos para produzir conteúdo de interesse geral para todo o tipo de público e que será relativo a questões importantes para a Igreja: direitos humanos, liberdades civis, liberdade religiosa, meios de comunicação, educação, abusos psiquiátricos e o declínio da moralidade e de padrões da sociedade. Esta cobertura terá como foco não apenas a exposição dos problemas, mas também a promoção das soluções.
Maatta, que já trabalhou mais de 30 anos em Hollywood, disse: “Com SMP, a Igreja poderá contar as histórias e transmitir a informação de uma forma que criará uma ligação emocional, o que causará uma mudança na sociedade.”
SMP vai abrir as suas instalações de produção para religiões de todas as denominações, bem como para instituições de caridade, líderes comunitários e organizações humanitárias, para que eles também possam concretizar o seu trabalho mais ampla e eficazmente na construção das comunidades, apoiar as artes e cultura e eliminar o flagelo das drogas e do crime.
Arturo Sandoval, um capitão do departamento da polícia de Los Angeles designado à Divisão Nordeste, tem planos para usufruir desta possibilidade. “Já temos uma grande parceria com a Igreja de Scientology. [SMP] simplesmente leva isso a outro nível porque nos permitirá ações para alcançar a comunidade e transmitir mensagens. Por isso, estamos muito felizes com tudo isto.”
Kevin James, o chefe de ligação entre a indústria cinematográfica da Cidade de Los Angeles, também aplaude SMP pela sua disponibilidade comunitária: “Quanto mais espaço do estúdio estiver disponível, maior será a oportunidade de se poder concretizar o trabalho necessário, em termos de voluntariado, trabalho humanitário e cívico.”
Michael Levin, um produtor de televisão de Los Angeles que trabalha com entidades sem fins lucrativos e na angariação de fundos, está também entusiasmado. “Nestes dias em que os estúdios televisivos pertencem a grandes empresas que apenas empurram os seus produtos, é muito bom saber que a Igreja investiu de si e quer que isto funcione. Quanto melhor puderem contar a vossa história e difundir essa história, maior é a vossa capacidade para inspirar alguém com essa história.”
PORMENOR E PRECISÃO
Como é que se conta a própria história? Para SMP, os ingredientes são passos meticulosos, dedicação, atenção aos pormenores e quantidades enormes de criatividade.
Por exemplo, Cary Butler, o misturador de som superior de SMP, observa que há um edifício inteiro desta propriedade que foi construído em torno das principais salas de mistura e que a maior parte das mesas de mistura e outras tecnologias foram artesanalmente criadas por peritos que são membros do pessoal de Scientology. Apontando para o meio de uma sala de 12 metros quadrados, Butler diz: “Este é o ponto ideal.” Para o ouvinte nesse ponto, o som é tão tátil como é aural.
Há cerca de dois anos, as primeiras equipas de profissionais começaram a trabalhar em SMP, muitos deles vindos de outras instalações de Scientology. As dezenas de equipas de filmagem e fotografia começaram a circular por todo o globo — em qualquer dada altura, 10 ou mais equipas estão a produzir histórias em terras longínquas ou em bairros tão próximos como nos Estados Unidos. Todo este material é introduzido nos enormes computadores de SMP, catalogado num departamento chamado Entradas e então redefinido para uma variedade de atividades mediáticas.
A 31 de julho, por exemplo, Scientology abriu uma nova Igreja e Centro Comunitário em Harlem, na Cidade de Nova Iorque. No dia anterior chegaram os camiões com um Hollywood sobre rodas.
Dentro de poucas horas após a sua chegada e depois de traçar cuidadosamente o mapa de cobertura da área e chegar a um acordo sobre a colocação de pessoal, do diretor, produtores, operadores de câmara, especialistas em iluminação e áudio e técnicos de múltiplas disciplinas, o espaço tinha sido transformado num teatro ao ar livre. As plataformas para as câmaras tinham sido erguidas conforme milhas de cabos tinham sido postos em posição. As estruturas de suporte para a iluminação foram erguidas conforme o palco foi construído. Uma grua com uma sofisticada câmara robótica produzirá as incríveis fotografias aéreas que proporcionam uma perspetiva bastante clara.
Assim que os suportes para as câmaras foram colocados em posição, os operadores da Steadicam portátil escolheram a sua localização e os melhores ângulos ao longo dos quais se poderiam mover rapidamente dependendo da ação no palco e à volta do palco.
Foi um verdadeiro ballet, coreografado por um experiente diretor remoto.
As horas de preparação valeram a pena e a equipa realizou as suas tarefas de tal forma que depois da magia da edição da pós‑produção, o mundo poderá ver e ouvir o que realmente aconteceu em Harlem.
Para a assistência reunida, esta é uma nova Igreja incrível que serve um papel único e vital. Mas para a equipa de SMP que trabalhou tão longa e arduamente para fazer com que a inauguração decorresse aparentemente sem esforço, a tarefa não estava terminada. O evento, agora documentado, seria editado para ser exportado através de vários meios de comunicação social pelo mundo todo a partir da sede de SMP.
Nesse mesmo dia, as notícias do evento, juntamente com as fotografias da nova Igreja, foram postadas on‑line, através dos computadores em SMP. A inauguração de Harlem foi canalizada para as Igrejas de Scientology de todo o planeta, usada como contexto para outras apresentações e apresentada em publicações da Igreja. A revista Freedom, que tinha fotógrafos entre a tripulação das câmaras, selecionou algumas fotos do evento, e é claro, os seus repórteres também lá estavam.
Então, como é que Scientology Media Productions pode contar as suas histórias? Com precisão — para que o mundo inteiro possa receber a mensagem.